O Gôndola é nosso! Entre, leia, dê sujestões. Fique a vontade.







quarta-feira, 31 de março de 2010

Medo


O medo é um sentimento que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo.

O medo pode provocar reações físicas como descarga de adrenalina, aceleração cardíaca e tremor. Pode provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor, depressão, pânico, etc.

Medo é uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental (interpretação, imaginação, crença) que gera uma resposta de alerta no organismo. Esta reação inicial dispara uma resposta fisiológica no organismo que libera hormônios do estresse (adrenalina, cortisol) preparando o indivíduo para lutar ou fugir.

A resposta anterior ao medo é conhecida por ansiedade. Na ansiedade o indivíduo teme antecipadamente o encontro com a situação ou objeto que lhe causa medo. Sendo assim, é possível se traçar uma escala de graus de medo, no qual, o máximo seria o pavor e, o mínimo, uma leve ansiedade.

O medo pode se transformar em uma doença (a fobia) quando passa a comprometer as relações sociais e a causar sofrimento psíquico. A técnica mais utilizada pelos psicólogos para tratar o medo se chama Dessensibilização Sistemática. Com ela se constrói uma escala de medo, da leve ansiedade até o pavor, e, progressivamente, o paciente vai sendo encorajado a enfrentar o medo. Ao fazer isso o paciente passa, gradativamente, por um processo de reestruturação cognitiva em que ocorre uma re-aprendizagem, ou ressignificação, da reação que anteriormente gerava a resposta de alerta no organismo para uma reação mais equilibrada.

O psicólogo português Armindo Freitas-Magalhães criou, em 2009, a pioneira Escala de Percepção do Medo (EPM) [1].

como estava escrito:
Medo?
No outro dia ouvi uma rapariga dizer:
Namoro com ele mas não o amo.
E eu claro que perguntei porquê.
E a resposta foi: Porque ele é boa pessoa e trata-me bem.
Mas será que as pessoas não conseguem estar sozinhas? E porquê? Por medo?
Será que o provérbio "antes só que mal acompanhado" só existe em Portugal? Quer dizer, neste caso parece que não se aplica mas acho que perceberam o que eu quero dizer.

Por um tempo senti medo da solidão... por um tempo senti medo de muitas coisas...
Mas como tudo que é novo e nos causa essa sensação... deixou de ser novo, e deixou de causar esse "medo"...

Medo de amar;
Medo de sofrer;
Medo de sonhar;
Medo de viver;
Medo de novidades;
Medo de rotina;
Medo de solidão;
Medo de ter medo!

Coisas que acontecem..

Fico pensando em fatos... coisas que acontecem e que não depende da escolha de ninguem... simplesmente acontecem...
Sinto que algumas vezes isso acontece. E é claroooooo que acontece com todas as pessoas...
Mas eu não consigo aceitar. Tipo, eu quero ter o controle da situação. Quero ter o controle da minha vida!
Quero saber que eu faço o amanhã... Mas não é assim!!!

"
(...Eu não preciso fazer a cabeça
eu já nasci com ela
A questão é....
Até onde que ela pode me levar
Se é que ela pode me levar)

A vida é um eterno perde e ganha
Um dia a gente perde
No outro a gente apanha
Apanha e nem por isso a
  gente vai fugir da luta
Num vou baixar a cabeça prá nenhum filho da puta

As pedras no caminho a gente chuta
É super natural
Não deixo abaixar minha moral
Tenho que me manter em movimento
A vida não é mole
Mas qualquer parada enfrento, enfrento

Tão louco você pe
 nsa que está
E se é que está
Tão louco você pode ficar

Se a vida não é do jeito que cê quis
A idéia é procurar
O caminho que te deixa feliz

Ficar do lado do bem,
Eu fico também
Se o papo for a
 titude
Não tem prá ninguém

A questão aqui é o sangue bom é quem
Se a felicidade tá numa nota de cem

" 

(É estranho como durante tanto tempo podemos ter tanto medo duma certa coisa... E finalmente, quando ela acontece, não sentimos nada! Niente! Rien! Nem tristeza, nem apatia, nem ódio.
NADA!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Hoje eu li certa frase...

"Por maior que seja a tempestade... Lembre-se: ela vai passar!"
Não sei realmente o que esta acontecendo... Mas eis o que vejo depois da tempestade:
Não sei o que fazer....
Neste momento estou extremamente triste... é como se de uma forma estranha eu nada tivesse... é como se depois da tempestade ... nada...
apenas isso... nada!
A tempestade levou e eu nem sei mais o que. É como se eu não quisesse lembrar que existem coisas boas, pois lembrando das coisas boas eu lembro que coisas ruins tomam as coisas boas...
É tristeza sem fim...
Deprimente!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Felicidade!!! Hoje, Amanhã e Depois e Depois e Depois

A felicidade é uma gama de emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento ou satisfação até à alegria intensa ou júbilo. A felicidade tem ainda o significado de bem-estar ou paz interna. O oposto da felicidade é a tristeza. Em linguagem comum, quando se diz "estou feliz", está-se a utilizar o primeiro significado — o de emoção. Enquanto que se se diz "sou feliz", se está a utilizar o significado de bem-estar.

Existem diferentes abordagens ao estudo da felicidade e das suas causas, que têm sido usadas pela filosofia, a religião e a psicologia. O Homem sempre há buscado a felicidade e tanto os filósofos como os religiosos sempre se hão dedicado a encontrar as suas causas e em definir que tipo de comportamento ou estilo de vida aumenta o nosso nível de felicidade. Estes pensadores veém a felicidade como aquilo que modernamente chamamos bem-estar ou qualidade de vida, e não simplesmente como uma emoção. Neste sentido a felicidade é o que os gregos antigos chamavam de Eudaimonia, um termo ainda usado em Ética. Pelo contrário para a emoções associadas à felicidade os filósofos preferem utilizar a palavra prazer.

É difícil definir rigorosamente a felicidade, e ainda mais difícil definir medidas desta. Investigadores em Psicologia desenvolveram diferentes métodos, por exemplo o Inventário da Felicidade de Oxford, para medir o nível de felicidade de um indíviduo. Nestes teem-se em conta factores fisiológicos e psicológicos. Em investigação a felicidade é assim relacionada com factores como: envolvimento religioso ou político, estado civil, paternidade , idade, rendimento, etc.

A psicologia positiva é um movimento recente dentro da ciência psicológica que pretende dar maior enfâse ao estudo da sanidade mental, por oposição à psicologia mais tradicional que estuda sobretudo as patologias. Este relaciona a felicidade com emoções e actividades positivas.

A economia do bem-estar defende que o nível público de felicidade deve ser usado como suplemento aos indicadores económicos mais tradicionais, como o produto interno bruto, a inflação, etc. Para Alexei Lisounenko felicidade se traduz em aceitação, ou seja, você aceitar quem de fato é, assim possibilitando mudanças em sua vida. A felicidade é um sentimento interno e terno, ela é um reflexo do auto conhecimento. Ele frisa que esta aceitação está longe do conformismo, sentimento onde você aceita sua vida de uma forma negativa, sem perspectiva de mudança.


Tenho visto, por onde passo, que o conceito de felicidade está sendo difundido erroneamente. Associam felicidade a questões externas a nós. Querem materializar a felicidade, traduzindo-a como um carro, uma casa, um(a) namorado(a), uma carreira, uma família. Felicidade não se compra, não se ganha. Eu a defino assim: felicidade se traduz em aceitação, ou seja, você aceitar quem de fato é, possibilitando assim mudanças em sua vida. A felicidade é um sentimento interno e terno, ela é um reflexo do autoconhecimento. Esta aceitação está longe do conformismo, sentimento onde você aceita sua vida de uma forma negativa, sem perspectiva de mudança. Ou seja, a felicidade está dentro de nós, e ela não é medida pelos bens materiais que possuímos, mas sim pelo brilho de nossos olhos.


Alexei Lisounenko

segunda-feira, 22 de março de 2010

QUEM FOI FLORBELA ESPANCA?

FLORBELA ESPANCA
Poetisa: 1894 – 1930

QUANDO TUDO ACONTECEU...

1894: A 8 de Dezembro, nasce Florbela Espanca em Vila Viçosa. - 1915: Casa com Alberto Moutinho. - 1919: Entra na Faculdade de Direito, em Lisboa. - 1919: Primeira obra, Livro de Mágoas. – 1923: Publica o Livro de Soror Saudade. – 1927: A 6 de Junho, morre Apeles, irmão da escritora, causando-lhe desgosto profundo. - 1930: Em Matosinhos, Florbela põe fim à vida. - 1931: Edição póstuma de Charneca em Flor, Reliquiae e Juvenilia e ainda das colectâneas de contos Dominó Negro e Máscara do Destino. Reedições dos dois primeiros livros editados. Verdadeiro começo da sua visibilidade generalizada.


FLOR BELA, RAÍZES E RAMOS
Vila Viçosa, final do ano de 1894, noite de sete para oito de Dezembro.

Antónia da Conceição Lobo sente as dores do parto. Nasce uma menina. Não vem ao encontro das alegrias da família. Não há assim lugar ao habitual regozijo de tais momentos. Não parece ter sido desejada por qualquer das partes. É baptizada como filha de pai incógnito. Avôs e avós também incógnitos. É-lhe posto o nome de Flor Bela de Alma da Conceição. Na literatura portuguesa será chamada Florbela Espanca. Apelido que receberá do pai, João Maria Espanca, já então levantado o véu encobridor. Curiosamente, o padre que a baptiza e a madrinha usam o mesmo apelido.

A mãe morre algum tempo depois.

Tem infância sem falta de carinhos e a sua subsistência não será ensombrada por insuficiências que atingem muitas das crianças que nascem em circunstâncias semelhantes.

O pai não a deixará desprovida de amparo. Ela própria assim o diz quando aos dez anos, em poema de parabéns de aniversário ao "querido papá da sua alma" escreve que a "mamã" cuida dela e do mano "mas se tu morreres/ somos três desgraçados" .

Será acarinhada pelas duas madrastas, como revelará na sua própria correspondência.

Ingressa no liceu de Évora. Num tempo em que poucas raparigas frequentam estudos, e bonita como é, apesar de umas tantas vezes afirmar o contrário, põe à roda a cabeça dos colegas.

Não são aqueles os primeiros versos. Antes já os escrevera com erros de ortografia. Naturalmente infantis, mas avançados em relação à idade. De algum modo, prenunciam o que virá depois.

Esta precocidade contrasta com um quê de desajustamento futuro, quando a sua escrita divergirá dos conceitos de poesia dos grupos do Orfeu, Presença e outras tendências do designado "Modernismo", e que emergem como as grandes referências literárias da época. Das quais Florbela parecerá arredada.

A MINHA TRAGÉDIA - FLORBELA ESPANCA

Tenho ódio à luz e raiva à claridade
Do sol, alegre, quente, na subida.
Parece que minh’alma é perseguida
Por um carrasco cheio de maldade!

Ó minha vã, inútil mocidade,
Trazes-me embriagada, entontecida! ...
Duns beijos que me deste noutra vida,
Trago em meus lábios roxos, a saudade! ...

Eu não gosto do sol, eu tenho medo
Que me leiam nos olhos o segredo
De não amar ninguém, de ser assim!

Gosto da Noite imensa, triste, preta,
Como esta estranha e doida borboleta
Que eu sinto sempre a voltejar em mim! ...

segunda-feira, 8 de março de 2010

DESABAFANDO....

"...Tudo o que é especial, nunca é o bastante pra durar pra sempre... Eu a vi triste, e gostei"

quinta-feira, 4 de março de 2010

Decidindo na "SORTE"...

Desde quando a vida é feita de sorte??
Quando é que podemos decidir o futuro de outras pessoas usando como base "sorte"??
Todas as vezes que ouvi a expressão: "Vou deixar a própria sorte", era porque a pessoa não se importava mais, é como dizer: Não ligo, o meu já esta ganho.
Eu não quero a vida e o futuro de pessoas nas minhas mãos, quando só posso oferecer "sorte"...
Quando a capacidade em administrar, e de responder pelas consequencias de meus atos forem plena, pode ter certeza de que estarei a frente de uma organização.
É facil escolher quando se pensa em si próprio. Mas e quando suas escolhas afetam a vida de muitas pessoas???
Quando suas escolhas afetam uma multidão?
EU não quero que meu futuro seja decidido em um jogo de dados. E você? Você quer?
Eu estou falando de vidas, de futuro de pessoas, como eu, como você. Estou falando de que tipo de vida você quer para seus filhos, seus netos.
Ou todos pensam que: o ontem (já foi); o amanhã (esta longe); e o hoje (a unica coisa que tenho). Desta forma... pra que se preocupar???
Se você pensa assim fique ciente de que o ontem... um dia foi o amanhã e o hoje.
Pense nisso.
*Realmente me revolta algumas coisas que leio...

Esses temíveis vilões - por: CARLOS HEITOR CONY

CARLOS HEITOR CONY

Esses temíveis vilões

Já vivi o bastante para temer os vilões de cada temporada, desde o ar encanado, que em criança me obrigavam a evitar, até a manteiga, produto animal que dava câncer, infartos, embolias, o diabo. Houve época em que lá em casa só se usava margarina, produto natural e sem gosto.
Havia estatísticas provando a malignidade da manteiga e a excelência da margarina. Os tempos mudaram, e a situação se inverteu. Manteiga hoje é saudável, e a margarina é suspeita de fazer mal.
Com o açúcar -outro vilão- houve campanhas ferozes a favor dos ciclamatos, que, por sua vez, tempos depois foram suspeitos de provocar doenças mortais. Lembro o conselho de uma revista que publicava uma seção dedicada à saúde: condenava o ovo, atribuindo-lhe malefícios vários. Hoje o ovo está reabilitado, para gáudio dos cariocas, que têm no ovo frito uma de suas predileções culinárias.
O vilão de nosso tempo, pelo que vejo por aí, não é alimentar, mas elementar. O saco de plástico abandonado nas ruas e nas praias é responsável pelo potencial aquecimento do planeta que acabará com a nossa civilização. É suspeito até mesmo de exercer alguma influência maléfica nos terremotos e tsunamis que agridem a Terra.
Não chego ao ponto de considerar que sacos de plástico sejam uma ameaça ao equilíbrio cósmico do universo em que somos obrigados a viver. Milhões de mundos acabaram sem que o plástico e o seu devido saco fossem inventados.
O cigarro é um dos vilões mais temidos do nosso tempo. Há razão e motivo para isso. A medicina acusa o tabagismo de quase todos os males que levam o homem a morrer. Mesmo assim, há gente que duvida dessa certeza científica e continua fumando na base daquele velho tango, "fumando espero aquela que mais quero".

Bob Marley

"Os ventos que às vezes tiram algo que amamos;
são os mesmo que nos trazem algo que aprendemos a amar.
Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado
e sim aprender a amar o que nos foi dado.
Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre..."

Bob Marley

terça-feira, 2 de março de 2010

rotina

É como se fosse uma prisão...
Começa a sufocar... e sufocar...
O choro fica preso na garganta;
O medo e a angustia crescendo...
As paredes começam a mover em minha direção.
A dois minutos o sonho era possivel.
A imaginação era plena;
Os lugares reais.

Agora...
Nada resta agora.

Me entrego a mesma rotina de todos os dias!

ALEXANDRE O GRANDE - E-MAILS AMANDA

Os 3 últimos desejos de ALEXANDRE O GRANDE:


1- Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2- Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistado como prata , ouro, e pedras preciosas ;

3- Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a ALEXANDRE quais as razões desses pedidos e ele explicou:


1- Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;

2- Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3- Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.


Pense nisso....

Movimento que movimenta: COWORKING

Uma nova forma de trabalhar

Novos escritórios, compartilhados, unem descontração e disciplina, favorecem o networking de cada um e estimulam negócios entre os participantes
Por Rafael Farias Teixeira

THE HUB
O diferencial mais importante desse escritório é associar a lógica do cotrabalho à inovação e à sustentabilidade


Espero um senhor meio corcunda e falador consertar o chuveiro de casa. Olho para o relógio, tentando me acostumar com a ideia de que chegarei atrasado no primeiro dia de trabalho. Ou melhor: de cotrabalho, ou coworking, do original em inglês. Por alguns dias trocarei a vida corporativa pelo trabalho nesse novo modelo criado pelo americano programador de sistemas Brad Neuberg e que, desde 2008, vem sendo adotado.

Em 2005 Neuberg perguntou-se como seria possível unir a liberdade de trabalhar fora das amarras corporativas com a disciplina e a socialização de um escritório, fugindo das tentações do home office — o canto aconchegante do sofá, ou o encanto de uma televisão solitária. Achou a resposta na sua casa: fundou o Factory Hat, ou melhor, deu esse nome ao loft que dividia com mais dois amigos em São Francisco e resolveu alugar espaços para outros trabalhadores como eles. República à noite, escritório comunitário pela manhã. Começava assim o movimento de coworking.

Depois de quase uma hora de espera, chego ao Ponto de Contato, um dos primeiros espaços dedicados ao coworking no Brasil, escondido em um pequeno prédio no bairro de Pinheiros. Descubro de cara uma das vantagens de cotrabalhar: o horário flexível. Você paga pelo seu espaço — parte de uma grande mesa ou bancada. Ou aluga uma mesa inteira, para acomodar até seis pessoas da sua empresa. O aluguel é cobrado por período, o que estimula a planejar com cuidado quanto tempo realmente é necessário trabalhar e em que horário é preciso começar.

Entre paredes brancas e decoração moderna, a copa e a sala de espera partilham um mesmo espaço. Adiante, uma outra sala abriga quatro mesas retangulares com setores alugados por período. Não há paredes entre eles.

Para a criadora do empreendimento, Fernanda Nudelman Trugilho, 28 anos, esse novo entorno beneficia quem opta pelo sistema. “Várias pessoas nos contam como esse ambiente as inspira a trabalhar. Não é porque temos um ambiente menos formal que ele deixa de ser profissional”, afirma a empreendedora.

Fernanda decidiu começar sua carreira de empresária no coworking, depois de uma tentativa frustrada de home office, como freelancer em publicidade. “Depois de alguns meses começaram a aparecer todos os problemas de trabalhar em casa”, afirma a empreendedora. “Desde a falta de infraestrutura, de privacidade e, principalmente, de disciplina, de uma separação entre vida pessoal e trabalho.” Conheceu o sistema de coworking pela internet e achou que em pouco tempo o Brasil estaria repleto de locais cheios de funcionários cotrabalhando em harmonia.

Em 2008 desistiu de esperar e criou o Ponto de Contato, com um investimento inicial de quase R$ 80 mil e o propósito de chamar a atenção de quem trabalha em casa. Conseguiu atrair profissionais autônomos e pequenas empresas. “Costumamos dizer que somos uma startup que auxilia outras startups”, afirma Daniel Fiker, 29 anos, formado em relações internacionais e sócio de Fernanda. Ele me apresenta o lugar e mostra a mesa em que começarei minha experiência como cotrabalhador.



O fim do escritório formal?

Em entrevista a Pequenas Empresas & Grandes Negócios, o criador do espaço de coworking New Work City, Tony Bacigalupo, fala sobre a mais nova tendência no ambiente de trabalho
Por Rafael Farias Teixeira

Será mesmo que o escritório como o conhecemos deixará de existir com o avanço do coworking? Esse sistema surgiu em 2005, criado pelo analista de sistemas Bred Neuberg, nos Estados Unidos, como alternativa para trabalho em casa. Nele, trabalhadores de diferentes áreas alugam espaços para trabalhar em um local de coworking, aumentando a interação e possibilidades de networking. Mesmo fugindo das amarras de um escritório formal, não são tentados pelas liberdades do home office.

Para saber mais sobre essa nova tendência, conversamos com Tony Bacigalupo, criador do New Work City, um espaço de coworking em Manhattan, e co-autor do livro “I’m Outta Here! How coworking is making the office obsolete” (Estou fora daqui! Como o coworking está tornando o escritório obsoleto), primeiro a abordar o assunto.

Por que o coworking está se tornando uma tendência?
Cada vez mais as pessoas podem trabalhar em qualquer lugar. E em casa, em uma cafeteria ou cyber-café não funciona para todo mundo.

Quantos espaços de coworking já existem nos Estados Unidos?
É difícil determinar o que exatamente se constitui em um espaço de coworking, mas parece haver bem mais de 100.

Quais são os benefícios do coworking para pequenas e médias empresas?
É um ambiente de trabalho melhor do que sua sala, mais flexível e possivelmente mais barato. É uma ótima forma de se conectar com pessoas talentosas, pessoas com quem você pode trabalhar também.

O coworking é o futuro do jeito como trabalhamos?
Eu acho que o coworking é uma parte integral de uma mudança maior no jeito como pensamos o trabalho. Assim como o século XX foi caracterizado por uma mudança para fora das fábricas e fazendas e para dentro dos escritórios, esse século nos verá mudando do escritório que conhecemos para os mais variados tipos de ambientes. Alguns deles serão chamados de coworking, mas muitos não. Muitos irão incorporar elementos do que nós vemos nesse sistema e isso é ótimo. Comunidade, colaboração, mentalidade aberta, esses são os tipos de comportamento que as pessoas esperam num local de trabalho, e haverá mais disso em todos os lugares.

Abrir um local de coworking é um bom negócio?
Pessoas que abriram locais de coworking com o intuito de construir um espírito de comunidade foram bem sucedidas, mas não muito lucrativas. Eles tendem a ser sustentáveis, mas não para gerar lucros além do necessário para manter o espaço aberto. Pessoas que tem gerido espaços com ênfase em lucrar significativamente têm se afastado cada vez mais da essência-base do coworking, mas muitos dos espaços são tão recentes que ainda é difícil dizer quantos deles se tornarão verdadeiros negócios.

Quais seriam algumas regras de etiqueta no coworking?
Não seja chato e respeite as pessoas a sua volta. Seja um bom cidadão. Qualquer situação acaba sendo resolvida com isso.
"Prepare seu coração...rsrsr ... Esses movimentos prometem com seus resultados movimentar nossas vidas!"

segunda-feira, 1 de março de 2010

Estilo Vitoriano - Imagine se a moda pega????


01/03/2010 - 08h01
Jovens de SP adotam estilo vitoriano e idolatram tecnologia a vapor
Rodrigo Bertolotto
Do UOL Notícias
Em São Paulo

Nos dias atuais, tem muita gente projetando que o eterno país do futuro Brasil emergirá como uma potência do século 21. Mas, alguns brasileiros preferem imaginar que já habitam um império, só que do passado. Eles reverenciam uma Londres do século 19, acham que os mares são ingleses e que o sol nunca se põe nos vastos territórios da rainha Vitória.

E nem só verão tropical atrapalha os nossos vitorianos. “Não avisaram vocês que o Carnaval já acabou?”, faz troça um pândego que passa pela curiosa órbita de donzelas de espartilho e rapagões de fraque se dirigindo para um piquenique no parque Trianon, em plena avenida Paulista.

“O pessoal vive perguntando onde é a peça de teatro. Ou pede para tirar fotos junto”, resigna-se Eduardo Castellini, que também atende pela alcunha de Lord Fire. Ele e sua pequena assembleia adentram no bosque atlântico decorado à maneira europeia, deixando para trás o escarcéu de uma batucada de estudantes na calçada. Ao lado de uma fonte de água, começam o festim.

Essa tribo urbana possui uma vantagem magnífica sobre as outras: a consideração e a estima dos pais pelo modo respeitável de seus hábitos. “Eu era gótica. Minha mãe torcia o nariz e falava que eu parecia um urubu. Descobri o estilo vitoriano, passei a usar corsets, vestidos longos e gargantilhas. Agora minha mãe adora”, folga em dizer Jéssica Nascimento, que dispõe ainda de trajes de milady, aviadora, lolita e governanta.

No tocante à moral vitoriana, Jéssica confessa que é impossível seguir à risca suas manias e seus pudores, mas conserva-se um cavalheirismo dentro do grêmio. “Tratamos as mulheres como damas. A Inglaterra vitoriana era uma época de mais respeito”, opina Lord Fire.

Esse ressurgimento nos últimos anos surgiu no estrangeiro e foi nomeado de steampunk. Decerto esses sujeitos garbosos são mais steam (vapor) do que punk.

Uma explicação se faz necessária: o termo é derivado de cyberpunk, tipo de ficção científica que mostrava o homem dominado pelas máquinas - o livro fundador dessa onda, "Neuromancer" (1984), é do norte-americano William Gibson, autor que cunhou o termo "cyberspace".

No lugar de pesadelos no mundo virtual e de vilões eletrônicos do cyberpunk, o steampunk é ambientado no começo da Revolução Industrial, quando a energia vinha das nada ecológicas caldeiras a vapor e os mecanismos eram movidos por engrenagens.

Esse subgênero literário privilegia os enredos da chamada "história alternativa", projetando que a tecnologia daquela época atingiria a criação de computadores de madeira e aviões movidos a vapor. Saindo do universo livresco, o movimento gerou uma subcultura que dispõe de músicas, vestimentas e códigos próprios. O filme preferido é “A Liga Extraordinária” (2003), e as bandas que o representam são Abney Park, Dresden Dolls e Clockwork Quartet.

Esse clube também tem um pé na onda RPG (Role-Playing Game), jogos em que os participantes incorporam personagens e criam coletivamente uma história. Por outro lado, alguns vitorianos participam de eventos de cosplay (mania de se vestir como personagens da TV ou das histórias em quadrinho).

Esses dois fatores mostram a teatralidade que os steampunks cultuam. Durante o piquenique, por exemplo, apareceu uma garota vestida de Alice, portando um coelho de pelúcia. “Perdão, acabei atrasando, mas a culpa é dele”, disse, apontando para o animalzinho e remetendo diretamente ao clássico de Lewis Carroll “Alice no País das Maravilhas”.

“Salve, salve. Junte-se ao grupo”, foi saudada a adolescente por Lord Fire, logo preocupado com a alimentação das moçoilas presentes: “Sugiro às amigas que provem este sanduíche de patê”.

No parque inaugurado em 1892, uma toalha quadriculada recebe um cesto de vime, de onde saem potes de geléia, biscoitos e outras amabilidades. Eles não lembraram do solene chá, e o líquido mais farto por lá é o refrigerante pátrio Diet Dolly. Até uma pizza e um leite de soja deram o ar da graça.

“Saí de casa tão apressada que esqueci de trazer minha xícara de porcelana com flores delicadas”, lastimou Alice, bebericando em copo plástico.

Quando o assunto passa à aclimatação dessa moda vitoriana futurista ao Brasil, não demoram a surgir figuras da história local para justificar a procedência desses fidalgos do século 21. “D. Pedro 2º foi um imperador steampunk”, define Luis Fernando de Oliveira (ou Jack Grave), lembrando que o monarca se encontrou com eminentes personalidades da época, como Nietzsche e Victor Hugo. “Ele tinha muito interesse em ciência e cultura. Mas outros steampunks foram o Barão de Mauá, por ser o primeiro industrial do Brasil, e Santos Dumont, como pai da aviação”, sentencia Lord Fire, cujo ofício é justamente o de técnico de aviação.

Outra matéria querida para eles é a decoração vintage dos dispositivos eletrônicos atuais. Ao contrário do que se possa pensar, as damas e os cavalheiros estão longe do ludismo, movimento do século 19 que preconizava a destruição das máquinas. Eles não renunciam às facilidades modernas, apenas cuidam de revesti-las como se tivessem saído de um antiquário. “Nós vivemos atualmente no mundo que os escritores do século 19 imaginaram. Estamos realizando o que eles fantasiaram”, pondera Lord Fire, que tem um laptop em forma de máquina de escrever. Já Jack Grave se orgulha de um netbook em forma de livro antigo.

Relógios digitais de bolso e celulares com manivela mostram essa adoção mais decorativa que funcional. Vale também criar a sensação de anacronismo cobrindo com madeira, couro e bronze iPhones e telas de LDC.

Os seguidores nacionais, porém, tem contato tão somente pela internet com objetos steampunks mais notáveis, como uma engenhoca que faz um braço biônico se mover alimentado pela energia gerada por uma caldeira instalada nas costas de seu usuário estado-unidense.

Os vitorianos adoram se aprumar. As mulheres ostentam camafeus sobre os vestidos com cauda e os corsets que afinam a cintura, apertando as carnes e a respiração. Já os lordes brasileiros se deleitam com acessórios, como cartola, monóculos, bengala, colete e cachimbo. O brasão bordado é um opcional.

“Para a gente, é uma imersão. As roupas ajudam a entender como viviam as pessoas da época. Nós escrevemos contos steampunks e temos que saber, por exemplo, como é uma perseguição com fraque”, justifica Lord fire.

Os steampunk preferem Julio Verne a Machado de Assis, e Conan Doyle a José de Alencar. Escrevem ficção até com um certo linguajar desse período, mas esse subgênero pop não combina com o estilo descritivo e por vezes solene de dois séculos atrás. “A gente pode considerar O Xangô de Baker Street, do Jô Soares, como o primeiro livro steampunk do Brasil”, decreta Lord Fire.

Além do piquenique, o programa predileto do grupo é andar de trem Maria Fumaça, visitar lojas de antiguidade e comprar em ferro velho e brechó. “Vejo um brechó e já entro. Adoro comprar espartilhos. Quando visto um, aí sim, me sinto no século 19”, confessa Jéssica. Já Jack Grave prefere ir à rua Santa Ifigênia, centro paulistano de eletrônica, onde adquire toca-fitas quebrados para logo desmontar e aproveitar as engrenagens.

De forma bem vitoriana, os steampunks seguem uma hierarquia. Há um conselho nacional, ligados a lojas (isso mesmo, termo inspirado nas unidades maçônicas, tão típicas daquele século 19) em cada Estado – Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul são as "lojas" mais ativas fora de São Paulo.

"Muito tempo atrás a vida era pura/O sexo era sujo e obsceno/Os ricos eram tão mesquinhos/As casas de campo para os lordes/Campos de croquet e gramados/Vitória era minha rainha" Tradução da letra de "Victoria", canção do grupo de rock inglês dos anos 1960 The Kinks, regravada pelo The Fall na década de 80, e utilizada no vídeo do site: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/03/01/jovens-de-sp-adotam-estilo-vitoriano-e-idolatram-tecnologia-a-vapor.jhtm


"Imaginem se a moda pega???"


Eu adorooooooo tudo relacionado a este assunto. Sério mesmo, ADORO.

Tah... não, eu não vestiria todos os dias essas roupas, ou usaria todos os acessórios mensionados. Escolhas e estilos a parte pessoal. No entanto gosto do estilo e acho maravilhoso quem esteja ativo neste movimento.


Acredito que o respeito que antes era fundamental acabou se perdendo no tempo... isso mesmo. Não se acha o "cavalheiro" e nem a "donzela".

E é uma reconquista. Temos lutado para conquistar tantas coisas e nos esquecemos do básico: respeito ao próximo.


Então: Parabéns a todos que curtem este estilo não apenas por "modismo", mas por acreditar que é realmente importantes os valores seguidos outrora.